Em meu jardim, não há somente caules e flores.
Cultivo pedras!
Quedas, tropeços, erros… não são dores!
Se encaixam como peças.
Em meu jardim, há bem mais que mera euforia.
Exibo minerais!
Sem livre árbitro, tristeza ou tola alegria.
Somente a sagrada geometria da paz!
Em meu jardim, excedo singelas sementes e pétalas.
Ostento gemas!
Brilho metálico, sedoso, vítreo, lustroso, adamantino.
Esmeradas faces de reluzente beleza que nem imagino…
Em meu jardim, a clareza que vibra não morre jamais!
Semeio cristais!
Cálices perecem subitamente, num efêmero acaso fatal…
Glórias ao indestrutível tetraedro hexagonal!
Em meu jardim, impávido, impera harmoniosa calma.
Admiro a firmeza da rocha!
Poder milenar que reteve a fúria líquida do magma!
Sedimentada sabedoria metamórfica.
Das entranhas de Gaia, a Lei da Terra!
Intensa pressão; incandescente temperatura.
Ainda assim, nessa preciosa alquimia sem fim,
Ergo e orno a majestosa e rara Torre de Marfim.
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